1Tessalonicenses Estudos Bíblicos dos Versículos

O apóstolo inicia com ações de graças a Deus. Estando prestes a mencionar as coisas que lhe davam alegria, e que eram altamente louváveis, além de conferirem grande benefício para eles, o apóstolo escolhe fazê-lo por meio de ações de graças a Deus, que é o autor de todo bem que vem a nós, ou é feito por nós, a qualquer hora.

MENCIONANDO-OS EM NOSSAS ORAÇÕES - Paulo uniu louvor ou ações de graças à sua oração. Quando nós em cada situação, por oração e súplica, fazemos nossos pedidos a Deus devemos acrescentar ações de graças a elas (Fp 4:6).
Assim, quando agradecemos por qualquer benefício que recebemos, deveríamos juntar a oração. Deveríamos orar sempre e sem cessar, e deveríamos não só orar por nós mesmos, mas também pelos outros, como os nossos amigos, mencionando-os em nossas orações. Podemos, as vezes, mencionar seus nomes, e deveríamos mencionar suas necessidades e condições; ao menos deveríamos ter suas fisionomias é circunstâncias em nossa mente, lembrando-os sem cessar.
Observe: Como há muitas coisas pelas quais deveríamos ser gratos em nossa vida e na vida de nossos amigos, assim há muitas oportunidades para a oração constante em relação a inúmeras necessidades. Então, não deixemos de orar.

Que tal ser incluído nessa oração do apóstolo Paulo? Que tal ser lembrado como uma pessoa que tem fé empolgante, um amor que não se resume somente em palavras ou ainda, como alguém que apesar das circunstâncias mantém uma firme esperança em Cristo Jesus?

Paulo faz esse destaque no texto acima lembrando dos irmãos Tessalonicenses, da alegria e o orgulho que ele sentia ao ver seus filhos espirituais revelando seus ensinamentos, revelando a Cristo na forma de viver e falar.

Como estamos sendo lembrados pelos outros? As pessoas lembram de nós com alegria?, como alguém que tem um coração sensível e fervoroso, como alguém que serve os outros sem medir esforços, ou será que somos lembrados por sermos inconstantes na fé e espiritualmente indiferentes?

Pense nisso!

A palavra veio no Espírito Santo, isto é, com a energia poderosa do Espírito divino.

Observe: SEMPRE QUE O EVANGELHO VEM EM PODER, ELE DEVE SER ATRIBUÍDO À OPERAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO; e, a não ser que o Espírito de Deus acompanhe a palavra de Deus, para torná-la eficaz pelo seu poder, ela não passará de letra morta; e a letra mata, é o Espírito que dá vida.

O evangelho veio a eles em muita certeza. Assim, eles o receberam pelo poder do Espírito Santo. Eles estavam plenamente convencidos da verdade dele, de forma que não seriam facilmente abalados na mente pelas objeções e dúvidas; eles estavam dispostos a deixar tudo por Cristo e arriscar sua alma e sua condição perpétua pela veracidade da revelação do Evangelho.

A fé deles era prova das coisas que se não vêem; e os Tessalonicenses conheciam o tipo de homem que os apóstolos e seus cooperadores eram no meio deles, e o que fizeram a favor deles, e o sucesso que tiveram.

O apóstolo buscou humilhar-se, não somente para o seu próprio bem, mas para o benefício de outros, por meio de uma conduta digna da sua doutrina, para que não destruísse com uma mão o que tinha edificado com outra.

Os Tessalonicenses que observavam os tipos de homens que estavam no meio deles e como a pregação e o viver deles estavam em conformidade, mostraram um cuidado consciente em serem seguidores ou imitarem um bom exemplo deles.

Com isso eles também se tornaram seguidores do Senhor, que é o exemplo perfeito que devemos imitar; e deveríamos ser seguidores daqueles que são seguidores de Cristo (1 Co 11:1).

Eles (os Tessalonicenses) decidiram esperar pelo Filho de Deus dos céus (v.10).
Uma das particularidades da nossa religião é esperar pela segunda vinda de Cristo. Aqueles que creem que Ele virá esperam que virá para nossa alegria.

Os crentes do Antigo Testamento esperavam pela vinda do Messias, e os crentes agora esperam pela sua segunda vinda. ELE ESTÁ PARA CHEGAR! Ô glória!!

E há um bom motivo para crer que Ele virá, porque Deus o ressuscitou dos mortos. Essa é uma garantia para todas as pessoas de que Ele virá para o julgamento (Atos 17:31). E há um bom motivo para esperar por essa vinda, porque Ele nos libertou da ira vindoura.

Ele veio para obter a salvação, e a trará consigo quando voltar, uma libertação plena e final do pecado, e da morte, e do inferno, dessa ira vindoura que virá sobre os incrédulos. Quando essa ira chegar, ela continuará, por que é um FOGO ETERNO, preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25:41).

Deus examina as intenções do coração. Este exame do coração (a vida interior total, inclusive os motivos), este escrutínio constante pela Onisciência, é um grande consolo para aqueles cuja meta é agradar a Deus e não aos homens. Mesmo na melhor das hipóteses, "o homem vê (somente) o que está diante dos olhos"; mas Deus, de quem nada se esconde, "olha para o coração"(1 Sm 16:7).

Não devemos pensar que AGRADAR AOS HOMENS E AGRADAR A DEUS sejam opostos no sentido de que receber a desaprovação dos homens é evidência da aprovação de Deus. Para ganharmos as pessoas a Cristo é necessário que sejamos simpáticos em nossa abordagem. Mas mesmo aqui há a sutileza da tentação de querermos agradar às pessoas. Como é importante sempre estarmos abertos àquele que PROVA O NOSSO CORAÇÃO! Paulo estava muito preocupado em manter uma boa consciência.

E não se preocupe se você é um cristão onde pessoas no seu trabalho ou na sua família deixaram de falar com você por isso. Procure agradar a Deus. Não se importe com quem acha ruim que você seja um crente em Jesus. Continue firme.

Com a imagem mental do grande apóstolo tratando-vos tanto cuidado cada pessoa individualmente temos discernimento importante sobre seu ministério; é realmente um exemplo a seguir.

1. Pelo interesse de Paulo pelo valor individual de cada pessoa diante de Deus.
2. Pelo cuidado as pessoas como membros individuais do corpo de Cristo.
3. O ministério individual do Espírito Santo para cada cristão.

O conceito do valor infinito de cada alma passou supremamente pelo Evangelho de Jesus Cristo. A ideia era revolucionária para grande parte do mundo de Paulo, mas era mais pertinente que o nosso. Na igreja não há verdadeiro evangelismo ou cuidado pastoral que não siga esse exemplo.

No verso 14 diz assim: E então, irmãos, vocês foram perseguidos por seus próprios compatriotas, tornando-se assim imitadores das igrejas de Deus em Cristo Jesus na Judeia, que também sofreram nas mãos do seu próprio povo, os judeus.
Paulo mostra que esta atitude tem sido a tendência da história nacional judaica. A rejeição dos seus próprios profetas atingiu o clímax terrível na crucificação de Jesus (Mt 23:29-39; Mc 12:1-12).

O plano de Deus é salvar o mundo por Jesus Cristo, seu Filho. Os judeus o desagradaram , e foram contrários a todos os homens, obstruindo, em toda oportunidade, o programa de Deus para salvar os homens. Nessa petulância ultrajante, exclusividade mesquinha e cegueira acintosa, eles não só recusaram o próprio Cristo, mas tentaram impedir que as boas novas de salvação alcançassem os gentios.

O resultado de tudo isso para os judeus foi ENCHERAM SEMPRE A MEDIDA DE SEUS PECADOS (v.16). Paulo está usando a conhecida ilustração do cálice (Is 51:17); aqui é o cálice da iniquidade. Eles sempre vêm enchendo a medida dos seus pecados até a borda. A consequência é inevitável e declarada: A IRA DE DEUS CAIU SOBRE ELES ATÉ O FIM que é a realização profética de julgamento que ainda é futuro, mas que já está determinada.

Para avaliar melhor esta passagem leia Romanos 2, Filipenses 3:1-7 ou Romanos 9 a 11. Estas passagens mostram a percepção aguçada que Paulo tinha sobre os privilégios e responsabilidade dos judeus, e o amor profundo que sentia por seus irmãos segundo a carne.

E por fim: Exclusividade, mentalidade tacanha, egocentrismo, fanatismos e legalismo na realidade não estavam e não estão limitados aos judeus. Estes versos avisam sobre o alto custo da religião sem amor.

COROA DIANTE DO SENHOR - Aqui, COROA não é tradução da palavra grega diadema, coroa de rei, mas de stephanos, que era a coroa da vitória nos jogos, de valor cívico, de mérito militar, de alegria nupcial, de regozijo festivo, não um sinal de realeza.

ESPERANÇA, ALEGRIA E COROA DE GLÓRIA - Essas palavras de Paulo estão carregadas de emoção e sentimento, mas não são exageros. Certas pessoas colocam a esperança nas riquezas, ou na segurança, ou na ambição pessoal. Essas esperanças morrem neste mundo. O apóstolo, com o coração de verdadeiro pastor, tem uma esperança melhor, uma que transforma os seus sofrimentos frequentes. Os objetos de sua esperança são os seus amados filhos na fé, apresentados a Cristo como troféu de graça (2 Co 11:2). O crescimento e progresso espiritual desses filhos são o que faz o coração do apóstolo saltar de alegria. Eles são as "pedras da sua coroa", a única guirlanda do vencedor de que ele deseja.

Como a glória do professor está em produzir sábios, assim a glória do cristão está nas almas ganhas (Dn 12:3; Fp 2:16). A verdade é que para todos só esse investimento nos corações humanos tem significado final.

EXORTAÇÃO PARA CRESCER EM SANTIDADE:

1- A forma como a exortação é dada muito afetivamente. O apóstolo os trata como irmãos; ele os chama assim e os ama dessa forma. Uma vez que seu amor por eles era muito grande.

2- O tópico da exortação - que progridam cada vez mais no caminhar santo. Não basta permanecer na fé do Evangelho, mas precisamos crescer na obra da fé. Não devemos somente perseverar até o fim, mas devemos melhorar e caminhar mais equilibradamente e proximamente com Deus.

MANTENHA-SE AFASTADOS DE TODO PECADO SEXUAL - O propósito de Deus é torná-los Santos, e isso implica um rompimento total com a imoralidade sexual. Embora não haja indicação desse pecado no caráter dos cristãos Tessalonicenses, esse ensino se fazia necessário entre os que se convertiam do paganismo.

O fato é que uma das barreiras mais difíceis que o convertido pagão tinha que transpor era a atitude cristã concernente ao sexo. Ele embora criado num mundo em que se aceitava habitualmente poligamia, concubinato, homossexualismo e promiscuidade. Muitos dos cultos religiosos eram de caráter francamente sexuais, com ritos fálicos e fornicação sacramental como parte da adoração.

A satisfação ilegítima ou imoderada do apetite sensual permanece área de tentação para todos os cristãos saudáveis e normais. Contudo, o cristão não santificado está perigosamente vulnerável a tais atrativos.

Em nossos dias, há um paganismo ressurgente com seu entretenimento obsceno, literatura pornográfica, desdenho aos votos do matrimônio, promiscuidade, obsessão global pelo sexo e permissividade geral nas relações sexuais.

Em tempos como estes, o ensino do novo testamento sobre pureza sexual é desesperadamente necessário, e a experiência da santificação, com sua devoção total a vontade de Deus, é a verdadeira resposta.

O código imoral do nosso tempo é promovido e tolerado por filosofias entrincheiradas, como naturalismo e o evolucionismo. É preciso dinamite do Evangelho para despedaçar estes extraordinários refúgios da depravação.

NESSE ASSUNTO: Que assunto? No verso 3 do mesmo capítulo é dito: pecado sexual.
O pecado da impureza, especialmente o adultério, é um grande exemplo de injustiça da qual Deus será o vingador, assim podemos entender as palavras: NESSE ASSUNTO, NÃO PREJUDIQUEM NEM ENGANEM UM IRMÃO. Neste assunto do qual o apóstolo está falando nos versículos precedentes e subsequentes , a saber, o pecado da impureza.

A fornicação e outros atos de impureza não somente são pecados contra o corpo daquele que os comete (1 Co 6:18), e por isso mesmo, muito injuriosos para a alma e o corpo do pecador, mas, às vezes, eles são atos de injustiça muito injuriosos contra os outros, especialmente para aqueles que estão unidos pelo pacto do casamento e para sua posteridade.
E, visto que esse pecado é de uma natureza tão abominável, Deus certamente será o seu vingador. AOS QUE SE DÃO A PROSTITUIÇAO E AO ADULTÉRIO, DEUS OS JULGARÁ (Hb 13:4).
O pecado da impureza é contrário à natureza e desígnio do nosso chamado cristão.

DEUS CHAMA OS HOMENS A SANTIDADE. Paulo expõe nessa pequena frase toda a amplitude do sublime propósito de Deus para os crentes. Foi nada menos que a santidade, a restauração ao homem da imagem moral de Deus, a área que o pecado destruiu. DEUS NOS CHAMOU para santidade. O chamado foi iniciativa de Deus; era o amor de Deus em ação. O chamado foi propositado, e o propósito era nada menos que a mais completa pureza: A SANTIDADE DE CORAÇÃO E DE VIDA.

Portanto, quem se recusa a viver de acordo com essas regras não desobedece a ensinamentos humanos, mas rejeita a Deus, que lhe dá seu Espírito Santo (verso 8) NÃO FAÇA POUCO CASO DE DEUS - Quem se recusa ou põe de lado e, faz pouco caso, NÃO DESOBEDECE ENSINAMENTOS HUMANOS, MAS REJEITA A DEUS. Saiba que não são ensinos humanos (do apóstolo), mas da natureza e vontade de Deus.

QUE LHES DA O ESPÍRITO SANTO - Deus habita em seu povo na pessoa do Espírito Santo. Aquele que desobedece peca não contra uma deidade distante, mas entristece e insulta o Espírito regenerador e santificador de Deus. Não é por acaso que o Espírito que Deus nos dá é chamado o ESPÍRITO SANTO.

A fonte da nova vida do crente é o Espírito Santo, e nisto vemos a incompatibilidade absoluta de uma vida de impurezas e pecado com a vida em Cristo. A obra peculiar do Espírito Santo é santificar. Se o ministério do Espírito Santo não for repelido, mas amorosamente recebido, ele infalivelmente levará a santificação total de toda a pessoa.

UMA VIDA DE TRABALHO - A inatividade produzira inquietação entre os que haviam abandonado o emprego regular em Tessalonicenses para esperar o retorno de Jesus o que é melhor explicado em 2 Tessalonicenses 3:6-15, mas aqui nesse verso estava começando a despontar esse problema. Então essa situação comercial gerava, por sua vez, pessoas ociosas e intrometidas. De qualquer forma, Paulo está ressaltando a verdade de que o amor fraternal e o trabalho honesto vão de mãos dadas como provas cristãs. A avidez de comoção religiosa que produz grande sensação é hoje característica de alguns intrometidos ociosos na igreja. Mas a verdadeira fé produzirá tranquilidade de espírito.

VIDA TRANQUILA - Tenham como objetivo uma vida tranquila que é o oposto de almejar ser proeminentemente visto e ouvido.
OCUPANDO-SE COM SEUS PRÓPRIOS ASSUNTOS quer dizer: "vá cuidar da sua vida" e não se intrometa na vida de outras pessoas. Trabalhar com suas próprias mãos ou seja, esteja ocupado em algo útil.
Muitas pessoas pensam que só estar dentro da igreja os torna santos. Se não puder ser santo no local de trabalho, não vale a pena o esforço de ser santo em outros locais. Eu sei que muitos gostariam de ter mais tempo para ir a igreja, ou mesmo de se dedicar espiritualmente, mas isso é duvidoso. A experiência mostra que nada é pior para a maioria das pessoas do que não ter nada a fazer. O trabalho secular não nos priva da vida cristã.

ASSIM, OS QUE SÃO DE FORA RESPEITARÃO SEU MODO DE VIVER. Quando nós, cristãos, provamos que nosso cristianismo nos faz trabalhadores melhores, amigos mais verdadeiros, homens e mulheres mais amáveis, então, e só então, estamos realmente pregando. O fator importante não são palavras, mas ações, não oratória, mas vida. O cristão mais humilde tem a oportunidade de refletir honra na causa de Cristo pelo desempenho consistente e fiel nos seus deveres, e nada pode compensar o descrédito sofrido pelo fracasso em não agir assim.

É claro que Paulo já havia pregado a doutrina da segunda vinda de Cristo aos Tessalonicenses (1:10, 2:19, 3:13, 5:23). É óbvio que surgiram problemas, os quais exigiram instruções mais detalhada sobre este assunto.
Os cristãos Tessalonicenses, tão recentemente convertidos do paganismo, estavam tremendamente preocupados. Tendo o Senhor ainda não vindo e alguns deles morrido, a pergunta lógica era: O que será dos mortos cristãos na vinda do Senhor? Eles perderão a glória ou o seu Reino e reinado?
Não é necessário defendermos que estes cristãos fundamentaram a crença cristã de que não morreriam antes de Cristo voltar.
A iminência da segunda vinda de Cristo era característica da fé dos crentes regenerados em todos os períodos da história da igreja. O mesmo ocorre hoje.
Tudo que precisamos para discernir o coração dilacerado destes cristãos consternados é imaginar que lhes faltava entendimento e, por conseguinte, havia a incerteza com relação aos seus familiares e amigos que, na ocasião da volta de Cristo já estavam falecidos.
Então o propósito de Paulo é instruir quanto a essa questão. Esta não é a inscrição detalhada do segundo advento. Contudo é a primeira e, na realidade, a única declaração totalmente explícita no Novo Testamento sobre o arrebatamento dos santos.
OS QUE JÁ DORMEM. Considerando que esta linguagem figurativa referente à morte é comum no judaísmo e entre os escritores gregos pagãos que não tinham o conceito de ressurreição, é impossível propor qualquer significação doutrinária baseada nesta terminologia. Não há justificativa para a noção de "sono da alma".

Com o ressoar da trombeta de Deus pelo arcanjo, os que morreram em Cristo serão chamados da sepultura (paraíso) e ressuscitarão primeiro.
OS MORTOS EM CRISTO. Essa pequena frase apresenta de modo brilhante e conciso uma verdade preciosa: são aqueles que aceitaram Jesus Cristo como Salvador e Senhor durante sua vida na terra.
A declaração RESSUSCITARÃO PRIMEIRO tem relação direta com o subsequente ato de apanhar de supetão os que estiverem vivos. Enquanto o Senhor desce, os crentes sobem para encontrar o Senhor nos ares. Só nos resta entender que, no mesmo ato súbito pelo qual os mortos em Cristo serão ressuscitados, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens.
Os que estiverem vivos não tem vantagem sobre os que estiverem mortos.
SEREMOS ARREBATADOS é a tradução do verbo grego harpazo, que quer dizer: "apoderar-se, reivindicar avidamente para si mesmo, arrebatar, apanhar, agarrar e levar a toda velocidade, capturar, pegar de surpresa".
Haverá uma reunião feliz com os amados falecidos e ressuscitados; para realizar isto, o corpo dos que estiverem vivos terá de ser transformado (Rm 8:23; 1 Co 15:50-53; Fp 3:21).
A declaração conclusiva de Paulo nos leva a entender que o quesito realmente importante a cerca de tudo isso é a verdade gloriosa de que estaremos para sempre com o Senhor no Céu. Afinal de contas, é isto que torna o céu significativo para o cristão.
É esta a sua meta (Fp 3:7-14). A cortina do futuro foi aberta e vimos o suficiente para fazer nosso coração pular de alegria.
O triunfo final para o cristão é certo por Cristo. Que palavra para estes dias sombrios!

Ultimamente nossas atenções estão voltadas para o caos na saúde pública no Brasil. Nossas mentes são bombardeadas todos os dias com informações que tem nos deixado mais inseguros e desesperançados. Adiciona-se a isso aos problemas já corriqueiros envolvendo política, corrupção, insegurança, finanças, família e tantas outras coisas que só contribuem para uma situação de desespero, desânimo, incredulidade e esfriamento espiritual. No texto acima, o apóstolo Paulo sugere que nos consolemos mutuamente. E este consolo tem como base um evento que se aproxima, o Arrebatemento e Grande Tribulação, e que não pode ser esquecido ou ser tratado com indiferença por cada um de nós. Ele se refere a vinda do Senhor. Jesus virá de surpresa, e devemos estar prontos para a sua vinda repentina.

Irmãos e Irmãs, não podemos tirar os nossos olhos do que está para acontecer, esse fato deve nos alegrar tanto, que todas as outras coisas perderão seu efeito em nossas vidas.

Aconselho que tiremos nossos olhos da televisão, da internet e nos fortaleçamos na palavra de Deus.

Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, revestindo-nos da couraça da fé e do amor é tomando como capacete a esperança da salvação 1 Tessalonicenses 5:8

O TEMPO DESCONHECIDO. Quando é que Jesus vem? E em que ponto da história ocorrerá a sua vinda? NÃO É NECESSÁRIO QUE EU LHES ESCREVA, sem dúvida por causa de instrução previamente dada.
O DIA DO SENHOR. Para os judeus, era expressão familiar com um significado bastante fixo. É tema frequente dos profetas veterotestamentários, em cujos escritos é um dia catastrófico de julgamento dos inimigos de Deus, libertação para o povo de Deus, defesa fiel da justiça de Deus e começo de uma nova era de paz justa. É o tempo presente entre o presente século mau e a próxima era de ouro. No novo testamento, é "o Dia", o "dia de Cristo" ou o DIA DO SENHOR. O conceito do Antigo Testamento é transportado para o Novo e enriquecido. Em geral, é um período de tempo (não um dia solar) de duração não declarada, que começa com a volta de Cristo, ou o tempo perto da sua vinda , e termina com a consumação final de todas as coisas. Encerra em seu escopo eventos como a grande tribulação, a ressurreição, o julgamento e o reinado de Cristo na terra.
O DIA … VIRÁ COMO O LADRÃO DE NOITE (Mt 24:36; Lc 12:39; 21:34), que nunca anuncia suas intenções e arranca dos incautos todos os seus tesouros. Ele vem inesperadamente.
QUANDO AS PESSOAS DISSEREM: "TUDO ESTÁ EM PAZ E SEGURO". São palavras que lembram Jeremias 6:14. A idéia é de falsa segurança.
A REPENTINA DESTRUIÇÃO dos incrédulos não significa aniquilação. Que significa separação final de Deus.
DORES DE PARTO transmite a idéia da inevitabilidade ou irrevogabilidade de julgamento.
DE MODO NENHUM ESCAPARÃO. Não há terceira alternativa na questão; ou é destruição com os incrédulos ou glória com Cristo.

Aqui Paulo descreve como será confortador esse dia para os justos. Observe a posição e o privilégio deles.
Eles não estão em trevas; eles são filhos da luz. Essa era a condição bem aventurada dos Tessalonicenses, como também de todo cristão verdadeiro. Eles não estavam em um estado de pecado e ignorância como o mundo pagão. Eles foram favorecidos com a divina revelação das coisas que são invisíveis e eternas, especialmente com relação a vinda de Cristo.
PORQUE VOCÊS SÃO FILHOS DA LUZ E DO DIA. NÃO PERTENCEM A ESCURIDÃO DA NOITE . O sol da justiça tinha aparecido sobre eles com cura sob suas asas. Eles não estavam mais debaixo das trevas do paganismo, nem debaixo das sombras da lei, mas debaixo do Evangelho que traz vida.
Pelo menos seria culpa deles próprios se fossem surpreendidos por aquele dia. Eles receberam um aviso claro e ajuda suficiente para precaver-se contra Dia e podem aguardar em conforto e confiança diante do Filho do Homem. Isso seria um tempo de refrigério pela presença do Senhor que aparecerá aos que o esperam para a salvação, e virá a eles como amigo durante o dia, não como ladrão a noite.

Continuando a fala sobre a volta de Cristo e o arrebatamento, Paulo faz um alerta sobre a vigilância.

NÃO DORMIR. Indica ser indiferente ou indolente. Em Efésios 5:14, em contexto semelhante, conota morte espiritual.

PERMANECER ATENTO. Vigiar, estar de olhos abertos, estar de prontidão alerta.

SER SÓBRIO. Tem sentido de calmo e de espírito sereno, controlado, imparcial, circunspecto.

Juntos estes termos dão a entender que ser filho da luz é mais que ter um relacionamento formal; tem de existir uma relação ética com a luz. A exigência ética de estarmos preparados para a vinda de Cristo.

PORQUE DEUS NÃO NOS DESTINOU PARA A IRA, MAS PARA A AQUISIÇÃO DA SALVAÇÃO. Aqueles que vivem e morrem na escuridão e ignorância, que dormem e estão embriagados como na noite, são claramente destinados para a ira; mas quanto aos que são do dia, se vigiarem e permanecerem sóbrios, é evidente que são destinados para a aquisição da salvação.

AQUISIÇÃO a palavra grega traduzida por aquisição transmite a ideia de esforço pessoal em ganhar a salvação. A frase contém uma idéia interessante entre o propósito de Deus e a idéia do esforço do homem com respeito à salvação. Mas a salvação é pela graça sem o mérito humano, visto que é por nosso Senhor Jesus Cristo. O próprio esforço de nossa escolha e por livre cooperação com a graça, é possibilitado pela habitação de Cristo (Cl 1:27). E a certeza e firmeza do destino divino são o grande apoio e encorajamento da nossa esperança.

Se obtivéssemos a salvação por mérito ou poder próprios, teríamos pouca ou nenhuma esperança dela. Mas quando reconhecemos que a obtemos pela virtude do desígnio de Deus, que certamente não pode ser abalado, nisso edificamos uma esperança inabalável.

Aqueles que trabalham - conota esforço dispendioso. O cargo que mantinham não era mero ofício honorário. Estes líderes dirigiam a organização, administravam o dinheiro e davam conselhos sobre os assuntos espirituais. O treinamento era provavelmente obtido na execução dos trabalhos. A expressão NO SENHOR da a entender a qualidade espiritual da liderança e motivação pessoal que tinham, como também o tipo e o limite da autoridade que exerciam. Desta e de outras passagens obtemos uma idéia de como estas sociedades cristãs eram estritamente organizadas, e vemos o lugar de destaque que suas congregações davam a disciplina espiritual e moral.

Paulo roga que reconheçam seus líderes de modo a apreciar-lhes o verdadeiro valor.

TENHAM GRANDE RESPEITO E AMOR - O ágape (amor) não depende de gosto ou desgosto pessoal. Nem esta estima deve se basear simplesmente no respeito pelo cargo, mas na verdadeira apreciação da sublime tarefa e trabalho fiel que os líderes desempenham.

Os líderes da igreja nem sempre são tão qualificados e diplomáticos quanto deveriam; esta pode ter sido a situação em Tessalônica. Um pouco de compreensão das obrigações de liderança, solucionariam a maioria das desinteligencias ocasionadas.

Necessitamos de liderança sabia hoje em dia, mas muito mais de seguidores sensatos. UM EXÉRCITO DE CAPITÃES E CORONÉIS NUNCA GANHOU UMA BATALHA.

É bastante provável que as três classes denominadas de indisciplinados, desanimados e fracos correspondam aos 3 grupos tratados na carta. Neste caso, os indisciplinados seriam os intrometidos cheios de entusiasmo. Os desanimados seriam os que se preocupavam pelos morreram em Cristo e pela bebê volta a Cristo. Os fracos seriam os que foram especialmente tentados a entregar-se às práticas imorais.

O apóstolo Paulo pede aos irmãos para advertirem os demais, a obrigação pesa sobre toda igreja. Não é só os líderes que devem exortar, advertir, encorajar apoiar e conter-se da vingança.

OS INDISCIPLINADOS devem ser repreendidos. Os irmãos não devem discutir os erros dos outros pelas costas, mas falar com eles em amor.
OS DESANIMADOS a palavra grega sugere literalmente "os de espírito mesquinho" abatidos, medrosos que tem de ser consolados, animados, incentivados, encorajados. Esses irmãos desanimados precisam de tratamento carinhoso.
OS FRACOS têm de ser sustentados, apoiados, ajudados, mantidos de pé. Não deixar o irmão fraco se desviar, prenda-o na igreja de tal modo que ele não escape.

Estes 3 tipos de crentes precisam de 3 tipos diferentes de tratamento; para tal, necessitamos de discernimento.

É importante que a igreja entenda essa responsabilidade e não viva um cristianismo egoista sem se importar com o bem dos demais.

Em uma sociedade pagã e sob perseguição cruel, não seria surpreendente se alguns crentes fossem tentados a dar a outros mal por mal.
A vingança é a mais natural e instintiva das falhas de caráter. Trata-se de qualidade negativa que facilmente se passa por virtude.
Paulo diz que é dever de cada crente cuidar para que semelhante desgraça não ocorra com o evangelho.
SEMPRE FAZER O BEM significa indubitavelmente empenhar-se severamente em viver de acordo com o ideal moral do amor que busca o melhor bem-estar e felicidade de todos. Esta explicação se aplica não só aos irmãos, mas a todas as pessoas.
Então, devemos de todas as formas refrear a vingança. Se os outros nos insultam, isso não justifica nossa vingança, ao fazermos o mesmo, ou algo semelhante.
Devemos perdoar, como aqueles que são, e que esperam ser perdoados por Deus.

Para um cristão perseguido esta exortação soa paradoxal. 2 Coríntios 6:10 diz "nosso coração se entristece, mas sempre temos alegria". Contudo, este é o tema dominante no Novo Testamento Filipenses 4:4 - Alegrem-se sempre no Senhor. Repito: Alegrem-se. Não são as circunstâncias, mas o pecado que espreme a alegria.

Como poderiam deixar de se alegrar mesmo no infortúnio, pois tinham o perdão dos pecados, a paz de Cristo, o amor de Deus, a libertação do pecado e do medo, e o prospecto da glória eterna? Estar sintonizado com Deus é tomar parte na harmonia da alegria eterna Salmos 4:7 diz "Tu me deste alegria maior que a daqueles que têm fartas colheitas de cereais e vinho novo".

A obediência abre as riquezas da experiência com Cristo.

A oração motiva e nutre a obediência, colocando o coração na “mentalidade” apropriada para desejar a obediência.

O Espírito Santo ensina, inspira e ilumina a palavra de Deus em nós.

Alguém pode orar e não ser cristão, mas alguém não pode ser um cristão e não orar.

Romanos 8:15- nos diz que a adoção espiritual que nos torna filhos de Deus nos leva a clamar em expressões verbais:“ aba Pai”

A oração é para o cristão o que a respiração é para a vida.

A oração é o segredo da santidade - se santidade de fato tem algum segredo.

A negligência da oração é uma das principais causas da estagnação na vida cristã.

Em 1 Tessalonicenses 5:17- Deus nos manda ORAR SEM CESSAR.
Isso significa que devemos viver em estado contínuo de comunhão com nosso Pai.

A oração é lealdade a Deus. Não orar é rejeitar a Cristo e abandonar o céu. “A vida de oração é a única que conta para o céu” ( E. M. BOUNDS)

A idéia de harmonia com o céu se relaciona com a oração sem cessar
orai perseverantemente
Nunca desistam da oração
Nunca deixem de orar

Orar é muito mais do que falar com Deus; é também ouvir a Deus, comungar com Deus, depender conscientemente de Deus. É o hábito de elevar o coração a Deus. O conceito aqui implica em padrão e habito de vida deliberadamente escolhidos.

Romanos 12:12 - Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na tribulação, PERSEVEREM NA ORAÇÃO.
Colossenses 4:2 - DEDIQUEM-SE A ORAÇÃO, estejam alerta e sejam agradecidos.

A perseverança na oração não é automática, nem fácil, mas a alegria do Senhor é sustentada somente pela oração.

A forma de nos alegrarmos sempre é orar sem cessar. Seríamos mais alegres se orássemos mais.
A idéia não é que não devemos fazer coisa alguma além de orar, mas que nada daquilo que fazemos deve impedir a oração no seu devido tempo.
A oração ajudará a fomentar e não impedir-te-ão ocupação legal e cada boa obra.

É lógico que o coração alegre e dedicado à oração é grato, e nada menos que o coração grato é a chave para a oração e a alegria.
Filipenses 4:6 diz: "Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplica, e com ações de graças, apresentem seus pedidos a Deus".
A gratidão é uma virtude cristã maravilhosa, mas o fator significativo acerca deste mandamento é a expressão EM TUDO, quer dizer, em todas as circunstâncias.
Efésios 5:20 diz: "Dando graças constantemente a Deus Pai por todas as coisas, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo".
Estas circunstâncias abrangem a alegria e a tristeza, a doença e a saúde, o ganho e a perda. A fé em Deus faz a diferença.
Romanos 8:28 diz: "Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam dos que foram chamados de acordo com o seu propósito". Como é frequentemente os mais desafortunados terem os corações mais gratos!
Como que a evitará objeção de que a vida nesse patamar está fora do alcance dos cristãos, Paulo acrescenta: PORQUE ESTA É A VONTADE DE DEUS EM CRISTO JESUS PARA CONVOSCO. Semelhante vida de vitória é o desejo carinhoso do Pai Celestial para os seus filhos; é esse o seu propósito. Mas isso só é realizado em Jesus Cristo: revelado perfeitamente em sua pessoa; proporcionando graciosamente por sua paixão; concretizado pessoalmente e na prática por sua presença.

O Espírito Santo é simbolizado pelo fogo Mt 3:11 - " … Ele os batizará com Espírito Santo e com fogo".
Atos 2:3 - Então surgiu algo semelhante a chamas ou línguas de fogo que pousaram sobre cada um deles.
NÃO APAGAR O ESPÍRITO. Não extinguir; não apagar o FOGO do Espírito; não abafar a inspiração; não abafar as expressões vocais do Espírito.
Por que é esse Espírito de graça e súplica que nos ajuda em nossas fraquezas, que nos assiste em nossas orações e ações de graça. Os cristãos são batizados com o Espírito Santo e com fogo. Ele opera como fogo, ao iluminar, avivar e purificar a alma das pessoas. Devemos ser cuidadosos para não extinguir seu fogo santo. Assim como o fogo é apagado ao retirar o combustível, do mesmo modo podemos extinguir o Espírito se não despertarmos o nosso espírito e tudo que está em nós, para sujeitar-nos ao impulso do bom Espírito; e como o fogo é apagado ao derramar água, ou colocar uma grande quantidade de terra sobre ele, assim devemos ter cuidado para não extinguir o Espírito Santo ao tolerar desejos e paixões carnais ou nos ocupar apenas com coisas terrenas.

Não desprezem as expressões vocais proféticas.
Nem desprezem o que é dito em nome do Senhor.
O verbo grego usado exoutheneite (desprezar) é, literalmente, CONTAR COMO NADA. Profetizar está relacionado como um dos dons do Espírito, mas no novo testamento o sentido geral aceito é DIZER ADIANTE.
Mas Deus escolheu falar com os homens através de expressões vocais humanas, e por mais que o vaso seja humilde e inábil, o ouvinte tem que procurar a mensagem de Deus para si.
EXAMINEM TUDO - discernir tudo. Usem o bom senso a todo custo. Examinem tudo cuidadosamente. Ponham a prova todas as coisas. Julgai todas as coisas.
O julgamento cristão, o bom senso, , o exame criterioso são ações imprescindíveis na vida da igreja. Isto também é o Espírito que da (1 Co 14.29; 12:10, onde "discernir" é um dos dons). Paulo não especifica as provas a serem aplicadas. Em outra passagem, ele dá a entender que todos os dons espirituais devem ser exercidos em amor, que o verdadeiro propósito dos dons deve ser a edificação das pessoas e que as pessoas que são movidas pelo Espírito reconhecerão o senhorio de Cristo e se empenharão em promover a sua glória.

Reter o que é bom - Quando o joio e o trigo forem separados, retenha o trigo. Quando descobrir a falsificação pelo som do metal genuíno, mantenha o que é de valor. Ninguém jamais ficou rico apenas descartando o que é espúrio. Esta é a ilusão do crítico destrutivo. Para reter firme aquilo que é bom é necessário provar todas as coisas.
Quando temos clareza que algo é certo, verdadeiro e bom, devemos retê-lo firme e não permitir que se vá, independente da oposição e perseguição que possa enfrentar.
OBSERVE: as doutrinas da infalibilidade, da fé implícita e da obediência cega não são doutrinas bíblicas. Todo cristão tem, e deve ter, o julgamento de discrição, e deveria ter os sentidos exercitados para discernir entre o bem e o mal, entre a verdade e a falsidade (Hb 5:13,14).

A oração ao final da carta de Paulo aos Tessalonicenses (v.23). Ele lhes tinha dito no início desta epístola que sempre fazia menção deles em suas orações; e, agora que ele está escrevendo a eles, eleva seu coração a Deus em oração por eles. Observe:

1. A quem o apóstolo ora, a saber: AO MESMO DEUS DE PAZ. Ele é o Deus de graça e o Deus de paz e do amor. Ele é o autor da paz e o amante da harmonia.
2. As coisas pelas quais ele ora a favor dos Tessalonicenses: pela santificação deles, ou seja, que Deus os santifique em tudo; e pela conservação, isto é, que eles sejam conservados irrepreensíveis. Ele ora para que sejam plenamente santificados, que o homem seja em tudo santificado, e, então, que o homem pleno (espírito, alma e corpo) seja conservado.

Onde a boa obra da graça começou, ela deve continuar, ser protegida e conservada; e todo aquele que é santificado em Cristo Jesus será conservado até a vinda do nosso Senhor Jesus Cristo.
Paulo tinha certeza confortável de que Deus ouviria a sua oração: FIEL É O QUE VOS CHAMA, O QUAL TAMBÉM O FARÁ (v.24). A bondade e o amor de Deus tinham aparecido a eles chamando-os ao conhecimento da sua verdade, e a fidelidade de Deus era a segurança deles de que deveriam perseverar até o fim; e portanto, o apóstolo os assegurou de que Deus faria o que desejou; Ele executaria o que tinha prometido; Ele realizaria todo o desejo da sua bondade em relação a eles. Nossa fidelidade a Deus depende da sua fidelidade para conosco.

O JULGAMENTO DE DEUS- Este assunto de perseguição e aflição levanta naturalmente a questão da justiça e equidade. A paciência e a fé dos Tessalonicenses em meio às perseguições são prova clara do justo juízo de Deus. Eles tinham uma constância a despeito do sofrimento e ódio imerecido é evidência de um poder divinizem ação. Deus está com os crentes Tessalonicenses; Deus tem um propósito; e como resultado haviam se tornado dignos do Reino de Deus.

A BASE MORAL DO JULGAMENTO (1:5-7a). Considerando que a perseguição é inevitável , o crente deve ter os olhos no propósito de Deus. O argumento moral nesta passagem se desdobra em duas vertentes. Primeiramente, o justo juízo de Deus se revela em sustentar e justificar hoje o seu povo perseguido; em segundo lugar, o justo juízo de Deus se revela em castigar os maus e recompensar os crentes em um futuro ajuste de contas.

A BASE E A NATUREZA DO CASTIGO: A recompensa será negativa e positiva: aos cristãos perseguidos Deus dará descanso (1:7). A referência é seguramente o próprio céu. Para os que não conhecem a Deus e os que não obedecem ao evangelho (1:8) Eles padecerão com destruição eterna. Eterna, quer dizer (aionion em grego) uma era longa. A mesma palavra é usada para falar da vida perpétua ou eterna dos crentes. Este castigo significa ser banido ANTE A FACE DO SENHOR (longe da sua presença). O castigo do ímpio é a separação interminável da presença de Deus, e, portanto, de todo o bem. É o posto exato do estado dos redimidos, cuja felicidade eterna acha-se na presença de Cristo. Estas palavras estão cheias de tristeza infindável, quase terrível demais para olhar.

Certos problemas haviam surgido entre os crentes tessalonicenses que tornaram Paulo a tomar medidas corretivas nesta segunda epístola.
De algum modo difundiu-se o erro de que Paulo ensinava que o dia do Senhor já tivesse chegado. Esta situação produziu um fermento de agitação e sobressalto, e também um movimento por parte de alguns que deixaram o trabalho para esperar a volta de Cristo. Nesta passagem, Paulo trata corretivamente esse assunto.
A prova de que o Dia do Senhor não chegara é que certas evidências necessárias relacionadas a esse Dia ainda não tinham ocorrido.
Essas evidências são, primeiramente a rebelião (apostasia), e em segundo lugar, a manifestação do homem do pecado, o filho da perdição.

APOSTASIA - Certos expositores afirmam que se refere principalmente a uma revolta de todos contra Deus e seu domínio no mundo em geral; outros dizem que é a apostasia dentro da igreja.
A apostasia tem uma relação muito estreita com o HOMEM DO PECADO.
Em alguns manuscritos antigos tem "o homem da ilegalidade" ou o homem sem lei. No lugar de homem do pecado. O significado quase não muda visto que o pecado é ilegalidade.
Ele é também chamado de FILHO DA PERDIÇÃO. O traço desse homem é a ilegalidade e seu destino é a destruição.
Então, nós dos dias de hoje , precisamos estar atentos ao que a Bíblia diz, e não entrarmos em desespero quanto a volta do Senhor..

O ANTICRISTO - Este homem se opõe e desafia Deus, se exalta acima de todos os objetos de culto, desta forma reivindicando temerária e blasfematoriamente deidade para si.

A linguagem aqui provém indubitavelmente em parte de Daniel 7 e 8. A profecia de Daniel tivera cumprimento parcial (talvez cumprimento inicial seja expressão melhor) nos acontecimentos da história judaica que pronunciavam a vinda do homem do pecado. Em cerca de 168 a.C, Antíoco Epifânio colocará no Templo um altar dedicado a Zeus e sacrificara porcos na área do templo, fatos que desencadearam a guerra macabéia pela independência. Em 40 d.C, o imperador Calígula tentará erigir no templo uma estátua de sua pessoa. Mas a descrição de Paulo vai muito além destes lampejos débeis (Mc 13:14). É comum os expositores identificarem o homem do pecado com o anticristo mencionado nas epístolas de João (1 Jo 2:18,22; 4:3 - 2 Jo 7) e a besta de Apocalipse 13:1.

Os comentaristas reputam que o templo de Deus é um templo reconstruído em Jerusalém. Hoje sabemos que tudo está pronto para a construção do templo em Jerusalém: o sacerdote, o touro vermelho (red heifer) e todas as ferramentas. Os desenhos de construção são em 3D e o templo pode ser construído em 3 meses.

Verso 6 E vocês sabem o que o está detendo, pois ele só pode ser revelado quando sua hora chegar. Algo ou um poder está detendo o homem do pecado até chegar o tempo certo para sua revelação. (Continuaremos no próximo post)

Pois essa perversidade já opera ou seja, o ministério da injustiça, ou o ministério da ilegalidade.
A ilegalidade ou iniquidade opera como uma força secreta e invisível na sociedade e nos indivíduos. É satânico e poderoso, mas está providencialmente sob controle. É um mistério porque suas operações secretas são profundas demais para a compreensão humana e também porque a revelação se dará no devido tempo. Essa força que desafia a Deus produzirá o homem do pecado e a grande rebelião.

Paulo declara a razão de o homem do pecado não ter aparecido ainda: ATÉ QUE SE AFASTE AQUELE QUE O DETÉM. No verso 6, o detentor está no gênero neutro, e no verso 7, no masculino. Essa diferença pode indicar algo concebido como abstrato de um ponto de vista e pessoal de outro. Talvez seja uma força impessoal que se julgue ser personificada. Os estudiosos da Bíblia tem diferentes opiniões quanto à identidade do detentor: é um anjo, satanás, o estado judeu, e o Espírito Santo. A idéia é que o Espírito Santo habita na igreja e que ele será tirado do meio no arrebatamento dos santos.
A interpretação mais aceitável é que este detentor diz respeito ao Espírito Santo que trabalha na graça comum através do governo civil. Quando o governo civil desaba e ocorre a falência da lei restritiva, o resultado é ilegalidade.
Mas se os leitores modernos não podem identificar o detentor, eles podem se alegrar na verdade maior de que Deus está no controle soberano do mundo. Ele fixa os limites da maldade. E este homem da maldade só será revelado no devido tempo.

Os paralelos com a pessoa é obra de Cristo são óbvios e intencionais. O homem sem lei também tem sua parousia (sua vinda). Todos os três substantivos são usados em alusão ao ministério de Cristo: PODER (dunamis; a sugestão é força sobrenatural), SINAIS (milagres certificadores que apontam mais que si mesmos) e PRODÍGIOS (maravilhas).
Quanto a estes três substantivos serem relacionados a Cristo, veja Atos 2:22, Romanos 15:19, 2 Coríntios 12.12; Hebreus 2:4.
Pela gramática grega, todas as três palavras podem ser modificadas por MENTIRA. Todas se originam da falsidade e da intenção de enganar, mas não significa necessariamente que estes fatos extraordinários sejam mero embuste.
Com sinais e prodígios o homem sem lei seduzirá, persuadirá e enganará os perecidos, os quais estão em nítido contraste com os salvos. Eles serão enganados e estão perecendo, PORQUE SE RECUSAM A AMAR E ACEITAR A VERDADE QUE OS SALVARIA. A falha não é por ignorarem ou terem uma compreensão errônea da verdade, mas por serem inóspitos à verdade - recusam recebê-la. O problema é moral, questão de escolha. A conclusão é que Deus lhes enviará o poder para criar neles o amor pela verdade, mas eles acintosamente recusaram receber esse poder ou cooperar com ele. E o que eles rejeitam é a única salvação para eles.
Que nós venhamos a nos agarrar a essa mensagem de salvação, pois o tempo já está chegando em que esses eventos acontecerão.

Há três frases na degradação destas pessoas rumo a perdição final. A primeira está no versículo 10 que diz POIS SE RECUSARAM. A segunda frase é, tendo rejeitado a verdade, eles crerão na MENTIRA. Eles perderam a capacidade de dizer a diferença entre a verdade e o erro. Isaías 5:20 os descreve: Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal! Que fazem da escuridade luz, e da luz, escuridade, e fazem do amargo doce, e do doce, amargo! Agora eles aprovam ou se deliciam na maldade.
A terceira frase é que eles sofrem o inevitável julgamento de Deus (v.12).

Vemos nisso Deus trabalhando, não arbitrariamente, mas pela lei moral, para cumprir seus propósitos justos. A consequência da rejeição acintosa da luz é chegar a um estado onde as trevas já não são distinguíveis da luz e, assim, chegar a ruína final.

Os versos de 10 a 12 oferecem verdades notáveis acerca da maneira que Deus lida com os homens, e sobre o caráter do pecado e do coração humano não regenerado.
Deus não é injusto. Ele não força as pessoas a crerem nEle. Mas se a pessoa resiste em não crê, Deus as vezes retira sua graça de pecadores como esses do texto. Ele permite que sejam enganados e iludidos por agentes de Satanás; Ele os entrega ao desejo do próprio coração e os abandona a própria sorte; então o pecado certamente terá vazão, o pior da perversidade, que terminará finalmente na eterna condenação.

Está carta recebe muito espaço para tratar dos dos irmãos desordeiros e preguiçosos na igreja. Este fato mostra que o problema ficou mais sério que na época da escrita da primeira carta, na qual há relativamente pouco espaço dedicado a esse assunto (1 Ts 4:11,12 e 5:14). É claro que os preguiçosos não tinham atendido a primeira carta. Portanto, medidas mais fortes deveriam ser tomadas.

Talvez em virtude da empolgação sobre a vinda do Senhor, os irmãos desordeiros estavam vadiando, recusando-se a trabalhar, afastando-se de suas obrigações e não assumindo nenhuma responsabilidade. Está conduta provavelmente os levou a serem intrometidos e até dependerem das pessoas para terem o que comer.

A igreja é uma comunidade social que arca com a responsabilidade pela conduta de seus membros. Ela não pode ficar indiferente a estes irmãos desordeiros. Para preservar padrões cristãos, os desordeiros tem de sentir a pressão do sentimento cristão contra tal conduta irresponsável. A igreja deve evitar a companhia estreita com os vadios, a fim de envergonhá-los. O texto não fala de excomunhão ou de ostracismo total, mas de uma indiferença social que indica que um padrão foi levantado, e que violá-lo provoca a repreensão da igreja.

Para reforçar a ordem, Paulo recorre primeiro ao seu exemplo e a de seus companheiros quando estava em Tessalônica, verso 3:8 diz:“ Não ficamos ociosos quando estivemos com vocês, nem nos alimentamos as custas de outros. Trabalhamos arduamente dia e noite, a fim de não sermos um peso para nenhum de vocês.

SE ALGUÉM NÃO QUISER TRABALHAR, TAMBÉM NÃO COMA (v.10). O texto deixa claro que se trata da recusa de trabalhar, e que o princípio orientador diz respeito a pessoas que se enquadram nisso: a pessoa que não quer trabalhar.
Agora pela primeira vez os preguiçosos são tratados diretamente, mas com evidente tato.
Verso 12: ORDENAMOS E INSISTIMOS EM NOME DO SENHOR JESUS CRISTO QUE SOSSEGUEM E TRABALHEM PARA OBTER O PRÓPRIO SUSTENTO. Aqui se aplica um velho ditado: "Menos barulho e mais trabalho!"

CANSAR-SE significa "perder a coragem, enfraquecer, afrouxar, desanimar, esmorecer, desfalecer, hesitar, vacilar, esgotar-se, fatigar-se".

FAZER O BEM significa "fazer o certo", ou "fazer a coisa justa ou honesta". Talvez Paulo esteja dizendo: "Quaisquer que sejam as ações das pessoas, fazei vós a coisa certa; não deixeis que as pessoas que pareçam espirituais, mas, ao mesmo tempo, negligenciem os seus deveres, vos influenciem a negligenciar os vossos deveres". Paulo está reconhecendo tacitamente que lidar com essa situação é tarefa desanimadora e ingrata. Ele está incentivando os irmãos a não perder o ânimo por causa das atitudes orgulhosas ou desagradáveis daqueles a quem eles estão tentando ajudar. Além disso, eles tem de vigiar, em sua ação disciplinar, para não serem ásperos ou terem atitude descaridosa para com eles.

Mesmo com todas as advertências de Paulo há a possibilidade de alguém se recusar a obedecer. Considerando que não é o caso de mal-entendido, mas de flagrante arbitrariedade, o apóstolo está pronto a dar sua última palavra no assunto: OBSERVEM QUEM SE RECUSA A OBEDECER AQUILO QUE LHES DIGO NESTA CARTA. AFASTEM-SE DELE, PARA QUE SE SINTA ENVERGONHADO. O propósito dessa disciplina não é mero castigo, mas a correção do ofensor. Envergonhar é “ ter os pensamentos dobrados para dentro de si mesmo ”. Espera-se que o ofensor, sob a convicção do Espírito Santo, se arrependa e seja restaurado.

O Senhor da paz é Cristo. Paz é o dom de Deus pela graça, e o dom é dado somente em Jesus Cristo.
PAZ (shalom) significa muito mais que a ausência de luta. É a prosperidade espiritual que desfruta quem recebe o favor divino. A saudação é mais que um desejo sincero. É também a promessa implícita da graça de Deus, e de sua paz através da graça para todos os que crerem em Jesus Cristo.

Paz com Deus se torna a mais profunda paz de Deus comunicada pela harmonização interior da pessoa inteira em todas as suas partes e funções. Paulo está orando por isso.

Paulo tem em mente a necessidade dos leitores, e a paz de Cristo é a resposta. Eles estão sofrendo perseguição e alguns podem ser martirizados; outros estão chorando os seus mortos; alguns deixam a preocupação se prender ao pensamento da volta do Senhor, eles estão inteirados do “ ministério da injustiça ”; outros estão com medo. Sabendo destas circunstâncias, Paulo ora pela paz de Cristo. Ora também pela presença e comunhão de Cristo na igreja: O SENHOR SEJA COM TODOS VÓS.